Embora algumas plataformas de negociação existam para facilitar as transações de créditos de compensação, a maioria dessas transações acontece “fora das plataformas”, o que dificulta a determinação dos preços. Os valores dos créditos de compensação podem variar bastante, indo de menos de US$1 a mais de US$45, influenciados principalmente pelo tipo de projeto, com variações mínimas entre as diferentes classificações de créditos.
Os compradores de créditos de compensação não precisam conhecer detalhadamente todas as regras e procedimentos dos programas de compensação de carbono, mas é essencial ter um conhecimento básico sobre a criação, transferência e uso desses créditos. As opções de aquisição podem variar de acordo com a fase do “ciclo de vida” em que o comprador decide entrar. Normalmente, quanto mais precoce a fase no ciclo de vida, melhores serão os preços e as condições oferecidas – contudo, isso também implica um risco maior de entrega e pode prolongar o tempo até que os créditos sejam efetivamente recebidos.
O ciclo básico de vida dos créditos de compensação de carbono
Desenvolvimento da metodologia
Antes que qualquer redução de GEE possa ser certificada para uso como compensação de carbono, ela deve atender aos critérios de qualidade de compensação de carbono. Esse processo exige uma metodologia ou protocolo específico para o tipo de projeto de compensação. A maioria dos programas de compensação de carbono possui um catálogo de metodologias aprovadas para uma ampla gama de tipos de projetos. No entanto, os desenvolvedores de projetos também podem propor novas metodologias para aprovação e adoção pelo programa.
Desenvolvimento, validação e registro do projeto
Um projeto de compensação é projetado pelos desenvolvedores, financiado por investidores, validado por um verificador independente e registrado em um programa de compensação de carbono. O “registro” oficial indica que o projeto foi aprovado pelo programa e está apto a começar a gerar créditos de compensação de carbono após o início de suas operações.
Implementação do projeto, verificação e emissão de créditos de compensação
Um projeto de compensação é implementado, monitorado e verificado periodicamente para determinar a quantidade de reduções de emissões geradas. O período entre verificações pode variar, mas geralmente é de um ano. Um programa de compensação de carbono aprova os relatórios de verificação e emite uma quantidade de créditos de compensação de carbono equivalente à quantidade de reduções de GEE verificadas. Os créditos são geralmente depositados na conta do desenvolvedor do projeto em um sistema de registro administrado pelo programa.
Transferência de créditos de compensação
Após sua emissão, os créditos de compensação de carbono podem ser transferidos para diferentes contas no registro do programa de compensação. As transferências geralmente ocorrem como resultado de uma compra ou troca. Os compradores podem então usar os créditos de compensação ao aposentá-los, mantê-los ou transferi-los para outras contas. Os créditos podem mudar de mãos várias vezes antes de serem finalmente aposentados e utilizados.
Aposentadoria de créditos
Os detentores de créditos de compensação devem “aposentar” os créditos para usá-los e reivindicar as reduções de GEE associadas em direção a uma meta de redução de GEE. A aposentadoria ocorre de acordo com um processo especificado pelo registro de cada programa de compensação de carbono. Uma vez aposentado, o crédito não pode mais ser transferido ou utilizado.
Opções de compra
Para compradores que desejam adquirir apenas um pequeno número de créditos de compensação, como pequenas empresas ou indivíduos, a opção mais viável é passar por um varejista. Os varejistas podem fornecer acesso a créditos de compensação de uma variedade de projetos e geralmente fornecem pelo menos informações básicas sobre esses projetos. Na maioria dos casos, o varejista mantém contas nos registros dos programas de compensação de carbono e aposenta os créditos diretamente em nome do comprador.
Participar ativamente do mercado de créditos de carbono não só ajuda as empresas a reduzirem sua pegada de carbono e a gerarem uma fonte adicional de receita, mas também contribui para iniciativas globais de sustentabilidade.
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